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O projeto

O projeto Mapeamento crítico da literatura brasileira contemporânea conta, em sua primeira fase, com a publicação de 230 resenhas críticas sobre romances brasileiros publicados após o ano de 1970. 

A ideia não é produzir uma enciclopédia — não há a ambição de abarcar toda a produção do período — e sim incidir na reflexão sobre nossa literatura. Para contrabalancear a subjetividade envolvida em qualquer seleção do tipo, foi adotada como critério a representatividade das obras dentro de determinadas correntes estilísticas e mesmo políticas. Outro critério é o da representatividade regional, dos diferentes períodos e de autoria. Há ainda um olhar atento sobre a repercussão dos livros escolhidos junto a críticos, leitores e outros produtores literários. 

O objetivo é chamar a atenção para um grande conjunto de obras que estão deixando de ser lidas, seja porque não são reeditadas, seja porque o volume de novas publicações lança uma sombra sobre elas, seja porque o esquecimento é uma marca dominante na cultura nacional. O que não significa que esses livros e autores não tenham ainda muito a nos dizer.

Tentaremos manter o equilíbrio possível, que, dado às características deste projeto — um trabalho colaborativo em constante construção — será alcançado aos poucos. Mas, desde já, é preciso assinalar que os romances aqui resenhados não estabelecem nenhum tipo de corpus canônico para a literatura brasileira contemporânea. A seleção não indica que são considerados “mais importantes” ou “melhores” que outros. Ressalta apenas que o livro, por uma combinação dos critérios de representatividade e também do acaso, foi incluído no portal. E muitos outros se somarão, no futuro.

Procuramos abrir caminho para uma sistematização razoável, oferecendo visibilidade para a produção deste período e abrindo o debate para a reflexão, inclusive, de outras alternativas.

O nome Praça Clóvis busca marcar um espaço de circulação e convivência de ideias. Ao mesmo tempo em que reverbera a imagem do espaço público e de encontro, é uma homenagem à cultura popular, a partir da divertida canção de Paulo Vanzolini com o mesmo nome.